quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Por um instante o vi, no meio da multidão,

E sem querer, me apaixonei

Por um rosto desconhecido, uma alma sem face,

Cem faces a conhecer.

Mas assim, como repentino e marcante adentrou

Sorrateiro e desapercebido desapareceu,

Na multidão da memória.

terça-feira, 29 de maio de 2007


Poeminha

Um coração que trafega na contramão do tempo...

O real que se mistura à fantasia, desenhando formas absurdas a contento...

Nessa composição surreal, as tintas se diluem n’água, pintando uma tela feita de sombras, sensações sublimes, suaves, sutis...

Reconheço o cheiro da vida... e os sabores posso sentir;

Não tenho medo, porque de todos os males já sofri;

Dores de amores são serenas e o tempo as faz sumir

Aprendi ainda pequena, encarar a vida de frente, abraçá-la e seguir;

Sozinha?

Não tenho medo...

A vida é assim...

Ela gruda na gente e não adianta fugir.

Joyce Mara Oliveira


domingo, 13 de maio de 2007

Passeias por meu quarto, suavemente, tens forma e falta massa, tens imagem e falta reflexo, não cabes em moldura alguma, “não-ser”, desguarnecido de alma.
Chegas sereno, ruído algum o revela, pela parede negra da memória. És concebido aqui dentro, na solidão em mim, é simulacro do ideal, mas és sonho, és fantasma nobre que invade e preenche o inculto.

Marcus Vinicius Ulian