quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

O amor não tira férias.


Realmente ele não dá folga, aparece em todo lugar, de várias formas possíveis, para várias pessoas de culturas e raças diferentes. A vida, é sim um vivenciar amor. Estava eu assistindo o filme o amor não tira férias, quando resolvi escrever as linhas que aqui se seguem, pode ser um filme sessão da tarde, mas possui uma história sensível.
O enredo é sobre duas solteironas, uma amante de um cara prestes a se casar e a outra uma insensível que acabou de largar do namorado. A duas resolvem trocar de casa por um período, sendo que uma mora na Inglaterra e a outra nos Estados Unidos. A história poderia morrer por ser apenas uma romance banal, mas não é. É uma história de amor, meio comédia, água com açucar, mas que não peca na elaboração dos encontros e acasos dessas duas heroinas, que não estão a procura do amor, apenas querendo paz.
Mas amor ao contrário do que muitos pensam, está aí, a espera de quem o queira abraçar e se entregar as suas asas e espinhos. Esse sentimento pode demorar para acontecer, mas ele pode acontecer de repente, em um minuto, em uma hora, em uma semana, em um mês, em um ano ou nunca. Saber que o amor aconteceu em sua vida, o amor de um relacionamento, é um presente divino, pois amar alguém diferente de você não é fácil, se quisessemos amar alguém facilmente era só se enamorar pelo espelho e morer como narciso.
Narciso só se enamorou de si prórpio por não saber o que amar realmente significava, ao contrário de Psique que lutou por Eros de todas as formas possíveis. O amor velado de Riobaldo e Diadorim e tão belo como o amor tempestuoso de Romeu e Julieta e tão belo quanto o amor que podemos viver ou estamos vivemos. Pode não ser o amor novelístico, cheio daquelas armações ardilosas, porque “puta que pariu” quem resistiria?
Mas amor é amor, “é dados de graça” como dizia Carlos Drummond, não se pode pagar por ele, pode-se vivê-lo apenas em vida e se proclamar amor em vida, pois a morte separa os amantes. Não se deve temer o amor pois ele é vida, Não se deve ter medo da entrega, mesmo que isso lhe cause dor, pois amar é se elevar, é transformação da alma; é triste ver o ser humano que o nega e que nega vivê-lo por medo de sofrer, sofrer de amor é alimento para alma mesmo que a faça desfalecer em alguns momentos.
Há uma parte do filme em que Amanda ao se sensibilizar com seus sentimentos em sua partida, e já distante da casa onde deixara o ser amado pede para o motorista voltar, como a estrada era estreita e estava toda coberta de neve o carro não podia avançar rápido, ela desce e sai correndo, essa cena mostra que ela corre atráz do amor, mesmo exitando duas vezes, ela não desiste dele, o fato de ela sair do carro e correr, com as próprias pernas, é uma figurativização do ser humano que deve usar de si para conquistar o seu objeto desejo, no caso de amanda o ser amado.
Amai, vivei essa loucura do amor, porque amar é vida e por mais que ele lhe traga dor e traz não há sentimento melhor para a vida ter sentido.

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